o ultimo dos julhos

o fardo pesado
do meio ano
esgotando-se-a-estar.

a música saindo do real se abriga no inconsciente.

ou não deitássemos.
Jamais !
ou não sonhássemos mais.

no ponto que é, para.

a linha do tempo
é tão torta
que jamais volta...

filosofia de churrascaria

a carne traz o sangue
mas
não carrega a vida.

vivendo de metáforas...

meu asfalto cura
qualquer
enfermidade crua.

mas de quem ?

o pecado, como
o fado, só pode
ter sido inventado.

desculpas adiantadas aos esfarrapos

o resultado de um erro
não é o desanimo,
mas sim a novidade.

em suma-si

o culto à coisa culta
o mau vai ao (...)
coisa mal-feita.

reproduzido ao infinito...

um espelho refletido
não produz
outro espelho

frio nos trópicos II

no baldio terreno
soletrava-se
o frio do sereno.

descendo e subindo a ladeira...

a vista varia
de acordo
com as avarias.

questão em tempo

por obrigação
as forças
se enfraquecem.

quanto mais se cala, quando mais se esconde.

o silêncio
é expressão
universal.

o capital

a mercadoria
que
menos-valia.

o tribásico.

triparti ao
ver usted
parti.

frio nos trópicos

- inverno !
- sim ?
- para cima e para o alto !

a indigestão saturdina.

pra comer fora
é bom
também dormir fora.

dia-do-pós-dia

estamos a menos de 24
horas, para voltar a faltar
menos de 24 horas de novo.

no meio da tarde

chorinho de Karol
por pão docê
é choro doce.

a fundação das ondas fantasmas

na travessa ou esquina
surfa
uma rádio pirata.

the sydnius

o diamante
nunca mais
distante.

livre de donos...

pessoas descalças
andam juntas
com as calçadas

cabeçada olímpica

...e o tetra
é dos
treta.

o sexo das mexericas

alguma vítima
sem casca
e sem sementes.

filosofós translúcidos.

o que vale
é comunicar.

vestido no nupex.

acá por acaso,
o academico
é endêmico ?

adeus Ciso !

o dente é uma máxima complexa:
demora nascer, tem raiz forte
e vive a bater com os outros !

o eixo a rodopiar no universo

a cada quatro em um
chegou acá nos trópicos
o winter blue.

desaba o bafo

o que me enfastia
é o peso de ser
ao longo do dia.

Saavedra

na loucura,
os moinhos
nos perdoarão.

zi zi zi zi zi na na na na de de de de de

um de julho amargo
não deixa
o dois ser docêis !